Nunca se falou tanto em felicidade como nos dias de hoje.
Em todos os lugares, em todos os momentos, alguém está falando sobre uma maneira
mais adequada de ser feliz como se houvesse um fórmula química que trouxesse o
mesmo grau de satisfação para todo mundo.
A felicidade faz parte dos momentos felizes prolongados
pelo maior tempo possível no intervalo entre dois problemas e problemas são
todas as fases que precisamos passar para adquirir conhecimento e novas
habilidades. E novas habilidades nos trazem satisfação.
Muita gente julga felicidade pelos momentos passageiros como
uma viagem, uma festa, um acontecimento, uma surpresa, e isso é bom, ajuda a
manter equilibrada seus momentos de satisfação. Mas quanto custa ter tudo isso?
Se o dinheiro não for o suficiente para manter às viagens, às
festas e às surpresas, a felicidade acaba?
Quanto custa um romance novo? Um visual da moda? Quanto
custa se recompensar por algo que faça como sacrifício.
Quando relacionamos a felicidade a um bem passageiro, o
resultado é passageiro nos obrigando a reinvestir tempo, condições e dinheiro para
continuarmos felizes.
A felicidade aumenta com a idade. As experiências, a
satisfação com o trabalho, a realização com a família, a cumplicidade dos
amigos antigos e até o amadurecimento do amor são fatores baratos de
felicidade, independente do dinheiro investido nos bens visíveis. A felicidade é
o resultado de uma vida posta em exercício.
Mesmo que não possa ser feliz todos os dias, se pelo menos
conseguirmos diminuir o que nos faria infelizes já torna o coração mais
tranquilo.
Tenho medo do que as pessoas chamam hoje em dia de
felicidade porque depois que a viagem acaba, que a festa termina e que a
paquera não liga no dia seguinte elas voltam a ser infelizes, como se a
felicidade passageira além de imediata não trouxesse um custo: a frustração.
A felicidade pesa tanto quanto aquilo que pousamos no
coração. Nas coisas importantes que cabem na palma da mão, que apesar de pouco
é o suficiente. Ser feliz é acreditar em si mesmo como uma porta trancada que
não se importa com o que passa do lado de fora. É ter a liberdade para amar a
quem quiser e ser feliz como der.
Não há um padrão de felicidade, apesar de haver um padrão
de gente infeliz por complicarem a solução de entender o quanto é simples ser
feliz.
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