domingo, 17 de março de 2013

SÍNDROME DO ENVELHECIMENTO


É fato que hoje em dia envelhecemos mais depressa que nos anos anteriores. No passado os anos passavam com a gente devidamente acompanhado pelos amigos, pela família, pelos momentos felizes e muito mais verdadeiros. Hoje escolhemos um mundo virtual para passarmos os melhores anos de nossas vidas.
Escolhemos a solidão das noites escuras devidamente acompanhado do vinho de boa safra e de inigualável qualidade ao invés dos amigos que fazem da companhia a melhor bebida.
Esquecemos o que é melhor, pelo que é mais pomposo e dilaceramos nossa triste realidade pelas redes sociais como se precisássemos continuar fingindo uma felicidade capaz de estampar nosso riso e esconder nosso pranto.
Envelhecemos. Envelhecemos e não fizemos nada para mudar, porque é mais fácil seguir adiante com nosso egoísmo do que voltar atrás e refazer um passo que foi dado em falso.
Os dias terminam assim como as noites: sem nada que profundamente nos orgulhemos de ter feito. Nem de Deus nos despedimos, porque a TV está milimetricamente calculada para desligar quando o sono chegar.
Nossos melhores momentos parecem vitrines insossas com altíssimo acabamento, sem nenhuma simpatia.
Estamos a cada dia mais perto de si mesmo, porém mais distantes uns dos outros e nossas pontes terminam em nós num triste destino.
O que chamamos de "Felicidade" hoje em dia atrás no verso da etiqueta o valor impresso: Custou muito caro para valer tão pouco.
Assim como a velhice leva de nós o que poderia haver de mais interessante quando jovens, a vida de alguns passam tão depressa quanto uma bonita propaganda.
No futuro será que haverá sol na solidão dos nossos dias, assim como parece interminável a alegria de nossas horas?
Esperemos!
O futuro é um trem que não demora!


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